teenagers from outer space (1959)
de
tom graeff, com
david love e
dawn benderprodução de calibre z feita com o dinheiro que o realizador/produtor/argumentista/director de fotografia/editor/compositor da banda sonora/actor secundário/responsável pelos efeitos especiais/namorado do protagonista tom graeff tinha para jantar nesse dia, e sem um teenager que se veja num raio de pelo menos 50 quilómetros. uma raça extraterrestre prepara-se para utilizar a terra como pasto para os gargons, uma espécie de lagostas assassinas gigantes das quais se alimentam. derek, apesar do nome improvável, é um desses
aliens mas está farto da falta de respeito da sua raça pelos outros seres vivos. por isso troca o disco voador por um quarto alugado em casa de betty e do avô. no seu encalço vai thor e o seu raio da morte, que transforma instantaneamente os seu alvos em esqueletos, completos com gancho na cabeça para, vocês sabem, pendurar com facilidade. segue-se romance, sacrifício heróico, e o inevitável confronto com um gargon, que parece ter saído directamente dos aquários da
portugália, enquanto a câmara de graeff acaricia repetidamente as feições do nosso herói. os diálogos são atrozes, os actores foram recrutados entre a vizinhança e os efeitos são péssimos mas o que é que querem que eu faça? não consigo resistir a uma boa lagosta assassina gigante.
(4/10)one million ac/dc (1969)
de
ed depriest, com
susan berkely e
billy wolfok, vejamos:
catfight entre mulheres das cavernas em topless? presente. t-rex de plástico da loja dos trezentos? presente. relação bestial envolvendo homem em fato mau de gorila? presente. sexo lésbico? presente. pinturas rupestres obscenas? presentes. orgia jurássica? presente. desfloração com um pau? presente. como é possível que um filme combinando todos estes elementos seja tão intragável é algo que desafia a explicação.
edward d. wood, jr., em fase de declínio acelerado, assina o guião (que devia caber todo numa página) desta suposta comédia passada na pré-história, e que não é mais do que uma desculpa para alinhar uma infindável sucessão de cenas de (mau) sexo softcore. não haveria nada de errado com isso se o filme não fosse tão chato e desprovido de charme. o resultado é possivelmente o pior filme onde o tio ed esteve envolvido, e isto não é coisa que se diga de ânimo leve. se precisam mesmo de saber a história, é sobre uma tribo de homens primitivos encurralados numa caverna por um dinossáurio de brincar, que comem, têm sexo, inventam a flecha, desfloram a virgem, e voltam a comer. e uma mulher mantida como cativa sexual por um gajo vestido de gorila. eu sei. é difícil perceber o que pode ter corrido mal, não é?
(1/10)jorge