um filme de
zack snydercom
sarah polley,
ving rhames e
jake weberestados unidos, 2004
imdbantes de mais nada gostava de confessar o meu fanatismo por zombies. sejam eles estúpidos, lentos, azuis, recordistas dos 100 metros, nazis, aquáticos, pernetas, manetas, cães, gatos ou em último caso o
michael jackson a fazer o moonwalk. ponham-me á frente zombies que eu prefiro isso do que brincar com a minha pila. ainda dentro da área genital, erecção é a palavra que me vem à cabeça quando penso que estou a escrever esta critica do recém-estreado remake do clássico
dawn of the dead de
romero no blog do zombie. muitas e boas coisas há a dizer sobre a versão original mas admito que não sou digno para o fazer... é pá não sou! reconheço-o! e por isso mesmo vou falar da nova versão.
em relação a esta modernice de zack snyder só há uma coisa a dizer: apesar de ser muito inferior ao de 78, como peça de puro entretenimento funciona ao mais alto nível.
a premissa sobre a qual o filme assenta é a mesma do predecessor: mortos por enterrar regressam à vida procurando vitimas humanas, no entanto no meio do caos em que o mundo se encontra, um grupo de sobreviventes consegue barricar-se dentro de um centro comercial abandonado. durante o filme todo, snyder não se preocupa com dissertações filosóficas sobre a condição humana ou de pôr os personagens a pensar muito sobre os desígnios divinos por detrás dos zombies. não, neste filme não há ironias ou cansaços... há sim muita hemoglobina e estilhaços! o realizador optou por pedir emprestados a
danny boyle os zombies rápidos e imprevisíveis de
28 days later e dar às personagens do seu dawn of the dead apenas tempo para reagir às constantes investidas dos predadores em decomposição. se juntarmos a isto violência gratuita e muito gore (bem hajam) temos um filme com momentos bem românticos. devo confessar que mal me tinha sentado na cadeira de cinema, já a tela estava repleta de furiosos não-vivos a causarem inúmeras baixas numa pacata localidade americana e uma amiga minha ao meu lado a soltar gritos e gemidos que mexiam com a parte mais doentia da minha libido. que alegria!
mas em suma e indo ao que interessa, apesar das personagens do filme serem algo estereotipadas (inclusive algumas mudam flagrantemente de personalidade para servirem os propósitos do argumento, como é o caso de cj o segurança do centro comercial) e o argumento muito mais simplista e pragmático em comparação com as escrituras sagradas de romero, o saldo deste dawn of the dead é francamente positivo, sendo um exercício que se apresenta tecnicamente bem limado e de uma ferocidade visual que lhe confere um ritmo electrizante. e mesmo que fosse uma grande merda, o que não é... é pá, é um filme que tem zombies!
(6/10)pedro